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Magnetização das mesas no Brasil

Essa publicação, que consta nos Annaes Brasilienses de Medicina (RJ) de 1853, demonstra como os fenômenos magnéticos eram populares, mas não só na Europa como se costuma pensar. Podemos observar nessa publicação que em terras brasileiras também havia o interesse de intelectuais e de homens de ciência em experimentar a magnetização das mesas, afinal fazer as mesas “dançarem” ou “girarem” tinha se tornado o passatempo da moda entre todas as pessoas que queriam um divertimento a mais para suas reuniões.

A partir do quinto parágrafo temos o relato do Dr. Costa, sua experiência com magnetismo animal foi bem sucedida tanto que despertou o interesse dos colegas. Não há indicação nesse relato de que a mesa magnetizada podia combinar movimentos a fim de se estabelecer um padrão de comunicação, no entanto, é interessante observar o que se entendia como sendo necessário para a produção do fenômeno, como por exemplo, o dedo mínimo da mão direita de uma pessoa tinha que tocar o dedo mínimo da mão esquerda da pessoa vizinha, até completar o círculo das pessoas sentadas ao redor da mesa etc. Lembre-se: não se tinha ainda observado que uma inteligência estranha podia participar do movimento das mesas, então o que as pessoas faziam a fim de produzir o fenômeno baseava-se somente naquilo que elas entendiam que era necessário. Inicialmente tratava-se de um fenômeno físico sem qualquer natureza psicológica, exceto o sonambulismo que também passou a ser investigado posteriormente. Segue o relato: